domingo, 4 de maio de 2008

SILVES

..................................as-Shilb
....................................................(H)á moira encantada

Já te foi tão próxima essa morada de leões e de gazelas
junto à gafaria, a solidão das fronteiras
onde o sussurro do branco se corrói
exercitando-se horto no coração transmudo
das mulheres níveas e morenas.

Hoje sabes que o mistério da luz açoita os olhos
até que o canto de al-mutamid corra o interior das gusas
que alimentam tendões de colos cortados
batendo por dentro das bocas para ostentar a flor
mas nada te preencherá a cegueira
das fábulas na margem do arade
a taifa rebelde rasgando a intimidade dos deuses
pela insídia da cor da terra e dos espaços ermos.

Frutificarás então artéria sísmica
do amarelo envelhecido e que alumbra ancestral
em opulência de imprevisíveis astros
que irradiam um cheiro a tâmaras nocturnas
sob a sede guardada em casulos abertos nos lábios do sal
um espaço errático igual aos meandros da água
o sulco da pedra como um covil
em que o poeta acúleo tangia cordas de alaúde.

Quem guardará na cozedura sublime dos fornos
a cintilação das pequenas ruas na perfuração das muralhas
que se tornam uma mantilha de ouro sob os céus?
João Rasteiro
In, Antologia poem`arte nas margens da poesia - III Bienal de Poesia de Silves



http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Silves

11 comentários:

No-Me disse...

Há gente proibida de morrer. Este é um deles!

Anónimo disse...

tendo participado na bienal de poesia de silves, só digo que este poema é realmente silves, a silves de al-mutamid e talvez de alguma moira encantada e também concordo o que se disse sobre esse "monstro" que foi(é) F. Mercury.

Gabriela Rocha Martins disse...

gosto

de te

gostar

assim

[ será necessário alvitrar o porquê? ]


.
um beijo

Anónimo disse...

Olh'ó plágio! E vivó Mercury, Rs, rs,rs,rs

Anónimo disse...

Mas que chato este anónimo. não há paciência para mediocridades.
João, um belo poema sobre uma encantadora cidade.Beijinho,
Joana Monteiro

Anónimo disse...

Olá Joana, sê bem aparecida outra vez. Beijinho grande (também para a Gabriela, se não pode ficar com ciúmes!!!).

Anónimo disse...

um belo poema sobre uma encantadora cidade.... Rs,rs,rs ALLGARVE poético, rs,rs,rs.

Anónimo disse...

Não entendo muitas das palavras e há versos que, para mim, não fazem sentido. Com certeza é por eu ter lido quase só poetas americanos e ingleses quando vivia em Boston. Falo dos modernos. Mas esforçar-me-ei. Talvez me possa dar pistas para a leitura da sua poesia.

Anónimo disse...

E é espantoso como os medíocres fazem tudo para ser génios... Rs,rs,rs.

Anónimo disse...

Como é o caso do "gestor-criador" deste blog que tem laivos O tipo é muita bera (literariamente falando... significando e significado sabe o que é?

Anónimo disse...

AH,AH,AH!!!!!!!!!!!!!!
Rs,rs,rs,rs,rs,rs