tag:blogger.com,1999:blog-3291312384067273367.post6418951824758569868..comments2023-10-05T10:14:43.495+01:00Comments on No Centro do Arco: POETA=POESIAJoão Rasteirohttp://www.blogger.com/profile/11476198360977653380noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-3291312384067273367.post-44592578899986432132011-03-14T17:33:52.989+00:002011-03-14T17:33:52.989+00:00a excelência em sol maior
( com exagero ou não .po...a excelência em sol maior<br />( com exagero ou não .pouco interessa! )<br /><br /><br />.<br />um beijo<br />( a todos )Gabriela Rocha Martinshttps://www.blogger.com/profile/14729128434961183042noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3291312384067273367.post-74316827816713234812011-03-12T20:19:02.892+00:002011-03-12T20:19:02.892+00:00Luís, há de facto uma desmesurada adoração e mitif...Luís, há de facto uma desmesurada adoração e mitificação do Herberto Helder (e eu, sem pudor, incluo-me nessa massa), agora, a alastrar ao Brasil, e não só. E se é verdade que poetas como A. Ramos Rosa, Ruy Belo, Jorge de Sena, Fiama, Sofia, ou até Al Berto (embora com uma obra, algo desequilibrada), penso que nenhum deles, para o bem e para o mal, têm uma obra que crie tanta perturbação (e essa perturbação, que não é/vai para todos, no mesmo sentido, faz da poética de herberto, o grande corpus poético pós Pessoa. Exagero, talvez, só o tempo o dirá. Ah, claro, a sua vida (ou anti-vida) pública, naturalmente que também ajuda um pouco no acrescento dessa áurea! <br />E como diz herberto: "(...)não chamem logo as funerárias,<br />cortem-me as veias dos pulsos pra que me saibam bem morto,<br />medo? só que o sangue vibre ainda na garganta<br />e qualquer mão e meia me encha de terra a boca,<br />sei de quem se tenha erguido, de pura respiração, do fundo da madeira,<br />saibro, roupa, gôtas de orvalho ou cêra,<br />ornatos, espadanas, lágrimas,<br />últimas músicas,<br />não é como no escuro o trigo que ressuscita,<br />sei sim de quem despedaçou as tábuas e ficou entre caos e nada com o<br />sangue alvoroçado nos braços e nas têmporas,<br />que se não pare nunca entre as matérias intransponíveis,<br />cortem-me cerce o sangue fresco,<br />que a terra me não côma vivo(...)".<br />Um grande abraço de Coimbra - (Já respondido no facebook).João Rasteirohttps://www.blogger.com/profile/11476198360977653380noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3291312384067273367.post-79588386317670499802011-03-05T21:25:40.816+00:002011-03-05T21:25:40.816+00:00João, Herberto é de facto um grande poeta, um dos ...João, Herberto é de facto um grande poeta, um dos maiores, mas a adoração e mitificação que se tem vindo a construir à sua volta em Portugal e também no Brasil, não a consigo compreender. Tal mitificação não era possível em países como a França, nem como a Alemanha, Suécia etc. acho que é um fenómeno bem português. Quando é que aprendemos a ver que há outras grandes vozes poéticas em Portugal ( por exemplo uma maravilhosa geraçao de poetas nascidos entre os anos 20 e 40 ) que estão bem à altura do Helder? <br />Lembro aqui, ainda, entre muitos outros, só 7 que nada ficam a dever ao Helder: António Ramos Rosa,Ruy Belo, Al Berto, Fiama Hasse Pais Brandão, Ana Hatherley para não falar de outros mais novos, como por exemplo: Nava, ou ainda mais jovem, o Daniel Faria.<br />Também a França teve um Saint Jonh Perse, também a Espanha teve um Aleixandre (linguagens poéticas bem próximas de Helder (penso até que ele os terá lido e interessante seria alguém fazer um estudo comparativo entre o Perse e o Helder), também a Áustria teve um Rilke e nesses países, também houve e há admiração, mas nunca uma mitificação de tais poetas como acontece hoje em Portugal com o Helder.<br />Por vezes, quando ouço e leio certas conversas, parece-me que Portugal só teve , depois de Camoes, dois poetas: Pessoa ( neste caso até compreendo uma certa mitificação, pois Pessoa esteve muito acima dos seus contemporâneos) e o Helder.<br />Há uns dias atrás alguém dizia que Helder era o príncipe dos poetas. Lá terá a sua razão. Ora, a meu ver, Helder é de facto uma grande voz, uma voz rara, mas também uma voz entre outras grandes vozes da poesia portuguesa.<br /><br />Um abraço firme.<br /><br />LuísAnonymousnoreply@blogger.com