No sábado, 22 de Maio, pelas 17hoo a antologia de poesia sobre música "Divina Música" editada pela Proviseu - Associação para a Promoção de Viseu e Região, com organização do poeta Amadeu Baptista e capa de Inês Ramos, terá a sua primeira apresentação pública no Auditório do Conservatório Regional de Música de Viseu. Esta apresentação estará integrada nas comemorações do 25º Aniversário do Conservatório Regional de Música de Viseu (1985-2010).
A programação integra uma participação musical (classe de Canto e Coros do Conservatório) e leitura de poemas por alguns autores representados na Antologia. As intervençôes musicais, que estão definidas, serão intercaladas pela leitura de poemas ao longo da sessão. Lá estarei para ler o meu poema (*). A festa será bonita concerteza.
Segue-se o poema Vo disperato a morte, de Francisco Curate, incluído na antologia:
.
Que corpo, senão a tristeza do corpo?
Peco por solecismo, o homem nega-se
e cedo declina a nota impossível.
.
Guardo a voz nas memórias de Capranica:
na passagi fogoso, um tanto arbitrário
nas mudanças (até nisso perfeito).
.
Não basta esta miséria, a mitologia
da perda? Descerro os olhos
na revelação do vislumbrado, gesto
.
maduro da rejeição. Acolho na sombra
a sombra ferida capada de uma voz,
o desleixo ingénuo de um deus profícuo.
.
Sobrevive em nome, Il Cusanino.
............................Francisco Curate
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A programação integra uma participação musical (classe de Canto e Coros do Conservatório) e leitura de poemas por alguns autores representados na Antologia. As intervençôes musicais, que estão definidas, serão intercaladas pela leitura de poemas ao longo da sessão. Lá estarei para ler o meu poema (*). A festa será bonita concerteza.
Segue-se o poema Vo disperato a morte, de Francisco Curate, incluído na antologia:
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Que corpo, senão a tristeza do corpo?
Peco por solecismo, o homem nega-se
e cedo declina a nota impossível.
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Guardo a voz nas memórias de Capranica:
na passagi fogoso, um tanto arbitrário
nas mudanças (até nisso perfeito).
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Não basta esta miséria, a mitologia
da perda? Descerro os olhos
na revelação do vislumbrado, gesto
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maduro da rejeição. Acolho na sombra
a sombra ferida capada de uma voz,
o desleixo ingénuo de um deus profícuo.
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Sobrevive em nome, Il Cusanino.
............................Francisco Curate
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(*)
2 comentários:
excelente programa!
eis-me chegada do nevoeiro, ( antes Egas Moniz que Sebastião)mas ainda a tempo de um gesto.
adorei o "Búzio de Istambul"
beijo João
Que as "marés" nos tragam as ninfas na maresia sa sílaba.
Obrigado pela incuesão ao centro do arco,
Bjs.
joão
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