sábado, 1 de dezembro de 2007

PRÉMIOS VII

Fernando Guimarães vence prémio de poesia APE

O escritor Fernando Guimarães, de 79 anos, venceu o Grande Prémio de Poesia de 2006 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) pela obra "Na voz de um nome".Segundo a APE, o poeta portuense foi escolhido por unanimidade pelo júri. Esta é a segunda vez que a APE distingue Fernando Guimarães com o Grande Prémio de Poesia depois de ter sido galardoado em 1992 por conta da obra "O anel débil". Este galardão tem um valor monetário de cinco mil euros. O autor publica regularmente desde a década de 50, sobretudo poesia e ensaio sobre literatura e filosofia da arte. O prémio da APE junta-se a várias distinções que Fernando Guimarães recebeu já pela sua obra poética, entre os quais Prémio D. Dinis (1985), da Fundação Casa de Mateus, Pen Clube (1988) e Fundação Luís Miguel Nava (2003).
Colaborador de algumas publicações estrangeiras, como o Courrier du Centre International d' Études Poétiques, Tijdschript voor Poezie, ou Europe, podem encontrar-se textos seus, de ensaio e crítica de poesia, avulsamente publicados em revistas e jornais portugueses dos últimos quarenta anos. Actualmente é colaborador permanente do Jornal de Letras.
A sua obra entende-a como necessária – “Não para os outros, mas para mim. Mas se ela puder dizer qualquer coisa aos outros, se abrir um caminho de comunicação, então sentir-me-ei feliz. Mais nada”. No entanto, considera que a linguagem poética da poesia contemporânea não tem um reflexo imediato, como teve a poesia do século XIX, talvez por esta ser mais densa e hermética. No seu entender, a poesia é uma “experiência” – “uma experiência da linguagem, naturalmente, e também da imaginação. Realiza-se, assim, um encontro que não é propriamente com os leitores, mas com o espaço literário, com situações de leitura.”

Acerca do sentido [2]

Que limites existem para a luz? Veio alguém acender
esta candeia. À nossa volta, uma pequena chama
principia a erguer-se, mas em vão é que ela se conserva
perto de nós, quando abrimos devagar as leves
páginas cujo sentido se ignora e as fechamos depois
sem esperança, como se fosse este o seu destino no interior
da noite. Estamos ali adormecidos e havemos de encontrar
uma outra luz, maior, que as permita ler.
Lições de Trevas, Quasi Edições, 2002
Fernando Guimarães

2 comentários:

Anónimo disse...

o Jornal de Letras ajuda um pouco, não será?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Olha! Mais um que o Maldicias só casca.