Destino - S. Dali
Ciclos completos
Entretanto
é Primavera de novo
e crescem os hortos
no que foi um vasto campo vermelho
de batalhas abençoadas.
Um espaço consagrado fora do mundo.
Entretanto
é Verão de novo
e acende-se a carne
no que foi um profundo corpo negro
de guerras amaldiçoadas.
Qualquer coisa diferente de viver.
Entretanto
é poema de novo
e morrem as palavras
no que foi um imenso desejo branco
de saber apenas morrer.
O silêncio, um silêncio em suas escoras.
João Rasteiro
.
Pedro Abrunhosa - LUA
5 comentários:
:) não te sei dizer, joão, o quanto gostei deste poema e desta música. um beijinho muito grande *
Lindo poema não inédito.
respeit (e) a,a,a,aão,ão,ão o abrunhosa?
João, gostei muito deste poema. Ele fala-me da beleza da renovação. Faz-me pensar na capacidade de recomeçar, de recriar a vida como a natureza que, em todas as estações, é uma janela que se abre e me deslumbra...
Um abraço
Maria João Oliveira
é um poema janela muito lindo, muito lindo
é inédito?!
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