Aqui é a aldeia da boca mais ávida:
liberta o círculo da cabeça, o fulgor do amieiro,
diz adeus à maldição dos campos álgidos, nus,
com o fulgor de aguilhões sobre o poente
o lugar é uma epifania das vozes dos grandes ritos.
E o coração acolhe-as, acendendo archotes
nos dedos secretos da chuva. Cheguei.
.
A aldeia pega nesse corpo tão sonhador
e projecta-o para o espaço da ternura.
Sou amado - e é um corpo divino e instável
que sob as trovoadas mastiga e sangra as próprias asas.
.
Nada há como o afago das árvores simples
na gostosa e plena rasura das íntimas enxurradas.
...............................................João Rasteiro
In, O Búzio de Istambul, 2008
.........................................Alceu Valença - ANUNCIAÇÃO
Sou amado - e é um corpo divino e instável
que sob as trovoadas mastiga e sangra as próprias asas.
.
Nada há como o afago das árvores simples
na gostosa e plena rasura das íntimas enxurradas.
...............................................João Rasteiro
In, O Búzio de Istambul, 2008
.........................................Alceu Valença - ANUNCIAÇÃO
4 comentários:
humm!?!
humm ,humm!?!
uau ,e agora?
.
um beijo
o lugar é uma epifania das vozes dos grandes ritos.
E o coração acolhe-as, acendendo archotes
nos dedos secretos da chuva. Cheguei.
João Rasteiro , quem escreve o que leio acima, é um bardo certamente,
meus cumprimentos,
Efigênia Coutinho
Escritora
Obrigado à Efigênia Coutinho, prometo passar com algum tempo pelos seus blogues.
Bjs. (também para a Gabriela,
joão
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