O "Prémio Camões" 2009, o mais importante galardão literário em língua portuguesa, foi com alguma surpresa atribuído ao poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, quando talvez todos esperassem que na linha da frente da poesia Cabo Verdiana para um prémio com este significado pudesse estar talvez o poeta Corsino Fortes.
No entanto a distinção de Arménio Vieira, até poderá significar a total liberdade de escolha, análise e gosto pelos membros do júri do Prémio Camões. E além disso, quem é que tem verdadeira autoridade para determinar o que é a justiça na atribuição de um prémio?
Aos 68 anos Arménio Vieira, torna-se o primeiro cabo-verdiano a receber o Prémio Camões. O poeta nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 24 de Janeiro de 1941. Além de escritor (poeta e ficcionista) é jornalista, com várias colaborações em publicações como o "Boletim de Cabo Verde", a revista "Vértice", de Coimbra, "Raízes", "Ponto & Vírgula", "Fragmentos" e "Sopinha de Alfabeto". Foi ainda redactor no jornal "Voz di Povo".
Arménio Vieira foi um elemento activo da chamada "Geração de 60", em permanente luta pela liberdade e dignidade do homem Cabo-Verdiano.
A atribuição do Prémio Camões a Arménio Vieira é o «reconhecimento da literatura e da visão literária importantíssima» do poeta cabo-verdiano, disse Helena Buescu, presidente do júri e professora da Faculdade de Letras de Lisboa. O poeta possui três das suas quatro obras publicadas em Portugal: «Poemas», de 1981, «O eleito do sol», 1990 e «No inferno», em 1999. Em baixo o poema "Ser Tigre":
No entanto a distinção de Arménio Vieira, até poderá significar a total liberdade de escolha, análise e gosto pelos membros do júri do Prémio Camões. E além disso, quem é que tem verdadeira autoridade para determinar o que é a justiça na atribuição de um prémio?
Aos 68 anos Arménio Vieira, torna-se o primeiro cabo-verdiano a receber o Prémio Camões. O poeta nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 24 de Janeiro de 1941. Além de escritor (poeta e ficcionista) é jornalista, com várias colaborações em publicações como o "Boletim de Cabo Verde", a revista "Vértice", de Coimbra, "Raízes", "Ponto & Vírgula", "Fragmentos" e "Sopinha de Alfabeto". Foi ainda redactor no jornal "Voz di Povo".
Arménio Vieira foi um elemento activo da chamada "Geração de 60", em permanente luta pela liberdade e dignidade do homem Cabo-Verdiano.
A atribuição do Prémio Camões a Arménio Vieira é o «reconhecimento da literatura e da visão literária importantíssima» do poeta cabo-verdiano, disse Helena Buescu, presidente do júri e professora da Faculdade de Letras de Lisboa. O poeta possui três das suas quatro obras publicadas em Portugal: «Poemas», de 1981, «O eleito do sol», 1990 e «No inferno», em 1999. Em baixo o poema "Ser Tigre":
Ser Tigre
O tigre ignora a liberdade do salto
é como se uma mola o compelisse a pular.
Entre o cio e a cópula
o tigre não ama.
Ele busca a fêmea
como quem procura comida.
Sem tempo na alma,
é no presente que o tigre existe.
Nenhuma voz lhe fala da morte.
O tigre, já velho, dorme e passa.
Ele é esquivo,
não há mãos que o tomem.
Não soa,
porque não respira.
É menos que embrião
abaixo do ovo, infra-sémen.
Não tem forma,
é quase nada, parece morto.
Porém existe,
por isso espera.
Epopéia, canção de amor,
epigrama, ode moderna, epitáfio,
Ele será quando for tempo disso.
...................................Arménio Vieira
..........................................Tito Paris - Danca Ma Mi Criola
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1 comentário:
controverso ,como todos os prémios........
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um beijo
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