Os 250 anos de William Blake celebrados com criações de teatro, música, cinema, pintura exposições e multimédia assinalam no Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra, entre 06 e 28 de Novembro, as comemorações dos 250 anos do nascimento de William Blake, poeta e pintor visionário inglês.
O projecto concebido pelo professor universitário e tradutor Manuel Portela, hoje apresentado em conferência de imprensa, desenvolve um diálogo entre diversas disciplinas artísticas com as criações de Blake para destacar a obra de um dos grandes artistas da humanidade, ainda pouco conhecida em Portugal.
O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), que tem como director Manuel Portela, é o palco escolhido para as realizações programadas e também o produtor desta homenagem, em dois espectáculos, com a colaboração dos grupos de teatro Camaleão e Marionet e a Orquestra Clássica do Centro (OCC).
Entre as várias iniciativas (algumas já realizadas ou inauguradas) amanhã dia 13 realiza-se a segunda mesa-redonda, "Blake poeta", com a presença de Gastão Cruz e Manuel Portela, dois dos principais tradutores para português de William Blake.
O projecto concebido pelo professor universitário e tradutor Manuel Portela, hoje apresentado em conferência de imprensa, desenvolve um diálogo entre diversas disciplinas artísticas com as criações de Blake para destacar a obra de um dos grandes artistas da humanidade, ainda pouco conhecida em Portugal.
O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), que tem como director Manuel Portela, é o palco escolhido para as realizações programadas e também o produtor desta homenagem, em dois espectáculos, com a colaboração dos grupos de teatro Camaleão e Marionet e a Orquestra Clássica do Centro (OCC).
Entre as várias iniciativas (algumas já realizadas ou inauguradas) amanhã dia 13 realiza-se a segunda mesa-redonda, "Blake poeta", com a presença de Gastão Cruz e Manuel Portela, dois dos principais tradutores para português de William Blake.
Além de versões de William Blake que incorpora nos seus próprios poemas, Gastão Cruz traduziu Doze Canções de Blake (1980), antologia que inclui poemas de Canções da Inocência (1789), Canções da Experiência (1794) e Poemas do Manuscrito Pickering (1803).
O TigreTigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?
Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?
Sobre que asas se atreveu a ascender ?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração ?
E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui ?
Que martelo te forjou ? Que cadeia ?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores ?
Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação ?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?
Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?
Tradução de Ângelo Monteiro
Versão Original:[Leia a versão original desta Poesia: The Tiger, de William Blake - em inglês]
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