sábado, 10 de novembro de 2007



A magnólia

A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária,e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.

A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
Luiza Neto Jorge

2 comentários:

Anónimo disse...

Por fim!!!uma mulher, e logo uma das grandes poetas portuguesas do séc. XX.
Este poema "magnólia" é excelente.
Sempre adorei Luisa Neto jorge, embora esteja um pouco esquecida.
Boa sorte para o teu blog, irei passar por aqui mais vezes.
A. T. C.

Anónimo disse...

O Blog está estupendo, lindo como uma magnólia.
Sandra Madeira