sábado, 18 de junho de 2011

SÍLABAS SAGRADAS




LAURA

ninguém te sonha o oiro do cabelo
na tela da manhã à beira-rio
impúbere ninfazinha o tornozelo
mostrando por extremo desfastio.

doente um só poeta te veria
excelsa proibida a seu desejo
descalça caminhando em fantasia
por nuvens a encobrir o próprio pejo.

os sinos de Florença dobrariam
e quatro carpideiras ergueriam
ao toque dos varais o seu lamento.

ideia te tornavas afinal
deitada numa taça de cristal
espírito abraçado pelo vento.
...........................Tiago Veiga


2 comentários:

Um brasileiro disse...

ola. tudo blz? estive por aqui. muito legal. gostei. linda poesia. apareça por la. abraços.

Mar Arável disse...

Belas vozes