domingo, 11 de novembro de 2012

UM ATÉ JÁ...



MANUEL ANTÓNIO PINA: 1943 - 2012
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Sinto uma tristeza indescritível por esta perda, minha, nossa e sobretudo do país.  Para além da enorme honra (e responsabilidade) em ter obtido a 1º edição do Prémio Literário Manuel António Pina (em boa e justa hora instituído pela Câmara Municipal da Guarda), sinto-me possuído de uma
tremenda felicidade por me ter oferecido a sua plena amizade. Não irei esquecer uma conversa recente (quando ele que me telefonou a procurar pelo Prof. José Carlos Seabra Pereira) de mais de 40 minutos, onde me falou da tropa, do pai, do jornalismo, do país e da vida - e nessa mágica e para sempre inesquecível conversa, curiosamente nunca se falou de poesia. Um grande e eterno abraço Manuel António Pina. Portugal perdeu um enorme poeta e sobretudo, um homem bom. Como referiu D. Januário elogiou o “homem recto, competente, solidário e lúcido",“Inconformismo” e um “misto de sonho e de bom humor, que falta tanto a tanta gente”, foram outros atributos do prémio Camões 2011 que D. Januário quis realçar. Disse também hoje no funeral o Germano Silva: "
Além do talento que ele tinha, a maneira como encarava a vida, sem ódios, sem rancores”, sublinhou o jornalista e historiador do Porto. “Tinha um sorriso que era uma janela aberta sobre o coração dele”. Um adeus breve amigo. Até um dia destes. E contrariamente ao que dizias, os poetas não vão desaparecer, a prova és tu. E como dizias, "Ainda não é o fim nem o princípio do mundo, calma é apenas um pouco tarde". R.I.P. amigo, até um dia destes.
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