quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Texto 1

A nodosidade sónica da cidade limítrofe é flanqueada geograficamente

pela salsa-dos-pântanos

onde a mecânica das especiarias liberta as acrobacias do fogo de artificio

sobre os cronómetros das

crises alérgicas

Os cineastas fundadores das espreguiçadeiras de

néons isolam as bandeiras das povoações

nos bastidores mediterrânicos das colheitas

onde as escaladas da coreógrafa coleccionam as dramaturgias das

chuvas que electrificam a basculante da claridade

Os mosaicos-anémonas dos hóspedes desintegram-se nas

sonoridades das máscaras equatoriais

parecem canais de irrigação aos solavancos

entre os

adereços indígenas que radiografam os sismógrafos das fertilizações das comédias

A desdobragem óptica da cronologia estilhaça a quadrícula dos miradouros

e os comboios gráficos computorizam os atlas dos antologiadores

como se encadeassem

copiosamente as colisões do circo botânico

onde os báculos hidromecânicos aperfeiçoam

o borrifo ignescente do mineral

angulómetro sobre as oficinas das homenagens das trompetas

que urdem as ataduras do sul do amendoal dos

pulmões

As fitas dos vídeos arqueiam na marginalidade cerâmica dos emissários

e o resgatamento cartográfico do fotojornalista é liminarmente entoado

entre as papoilas dos

tenores

onde as teclas equestres das partituras julgam

as gralhas das montanhas russas

que as malas das alegorias colonizaram

sobre a nidificação dos ícones do elenco das

paleontólogas.

Luís Serguilha

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/luis_serguilha.html


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