................BRUNO PRADO
.
QUANDO não há:
cala!
nem palavra, nem grafia
a mais pura
víscera de poesia —
sangue pelo tato;
embalo —
a vida estrita
é escrita pelo faro
.
A PEDRA BRUTA — atirei-a contra ti
uma floripedra;
cego, as mãos de flamas;
furibundo
a língua árida, irosa
sem aromas,
só espinhos —
a fuga,
périplo de flores
o amor,
na beleza e brutalidade
.
COLAPSO —
uma cidade perdida;
a minha fala
a miséria do dito
pelo fato —
resta a fúria;
o definitivo embate —
quite com o tempo,
entre rito e nada
reergo a fio,
o instinto, a navalha
precipita-se o sangue;
o plural da face —
de fato
o que nos difere,
seres, de mortos
é a carne
.................In, FRATURAS
http://www.triplov.com/poesia/Bruno-Lopes/Liquen/index.htm
http://www.germinaliteratura.com.br/2009/bruno_prado.htm
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