sábado, 13 de agosto de 2011

DESTINOS




Do “poeta” Domingos Cenáculo Vilela [meu avô - e que, lá muito no infinito sopro da sílaba, será, talvez,  o grande culpado por este meu "actual sofrimento", mas que simultaneamente, é o alimento ou hálito que me alimenta e, refiro-me evidentemente a esse mistério que é apelidado de Poesia], o poema, ou canto, "Olhares": 

Fico mirando esses sinais
Da doce Beatriz que me lança,
E sinto, por entre os ais,
Os sulcos caricaturais
De uns gemidos de festança.

E uma infinda melancolia,
Pela poesia em turbilhão,
Tomba em mim, fica em mim a agonia.
Tomba o Domingos, com a mania,
E quebra o rosto e o coração.
                         Domingos Cenáculo Vilela

2 comentários:

Mar Arável disse...

Tudo pelo melhor

Anónimo disse...

Abençoada culpa!
Sim, tive muito prazer em conhecer "o grande culpado", ou seja, o teu charmoso avô.:0)
Algo me diz que ele lia Augusto Gil. E deve ter gostado da "Balada da Neve".:0)

Que tudo continue a correr pelo melhor!
Abraço
Maria João Oliveira