sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Viagens, rotas e destinos V

Seguindo o meu olhar até aos lábios de Bach, há sempre
um espaço subterrâneo, uma fala que perscruta a sua
boca aberta.
Baixo os olhos sobre as claridades cintilantes,
enamoradas, visualizo um volume que, na minha língua,
deve ter um nome. Procuro então um outro volume
para que não encontro palavras, ou superfície e
imagem:
água livre, nem de rio, nem de mar, nem
de lago, nem de nevoeiro, água repleta de silêncio no momento do
fogo, ou talvez clima vulcânico no centro das terras.
Designações sobrepostas de múltiplas línguas voltam à
unidade, é a explosão do nascimento do tempo; é o seu
princípio de fuga estelar no seio das criaturas; (levanta-
se uma brisa, sua descrição é impensável para além
de uma meditação de neblina).
.
É uma visão de deleite tão intenso que fios de água
escorrem por entre o fogo, que é circundante e leve.
Ali estão compreendidos os seres vivos desde o início
dos séculos ao fim das carreiras mortais e, sobre eles, os
seres mortos não se distinguem da palpitação
consumitiva: meus companheiros vêem por mim,
a quem eu cerro as pálpebras; acordo abrindo os olhos.
Maria Gabriela Llansol, in Um Falcão no Punho

4 comentários:

Silvestre Raposo disse...

João não percebo bem esta foto. Estás agarrado à corda porquê?
Um abraço

João Rasteiro disse...

Meu caro Silvestre, eu limitei-me a agarrar a corda e atirá-la para o lado, MAS, como o olhar de um alentejano demora 7 minutos e 23 segundos a visualizar a CENA (a unidade de tempo e de espaço)que antecede a SEQUÊNCIA (O conjunto de cenas sem cortes que formam uma grande subdivisão da narrativa fílmica, LOGO, não consegues/m acompanhar o PLANO (o intervalo que há entre dois cortes, ou seja a descontinuidade da imagem sob o olhar)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!UAU, UAU, UAU.Eh, Eh, Eh, Eh, Eh, Eh,Eh...
Um grande abraço,
João Rasteiro

Silvestre Raposo disse...

há que fale Inglês técnico que ninguem entende, tu falas Português técnico para ninguem entender eheheheh tá já percebi não sabes nadar e só vais à agua com a corda porque de boia é feio eheheh. Sobre o teu comentário...bem uma das tecnologias que fiz em Belas Artes foi Audio Visuais ...percebido ou falhou sequencia eeheheh um abraço grande...compra outros calções eheheh

Anónimo disse...

estás mais pró balofo...
é para agarrar a bóia palgiante
he,he,he
um alentejano