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Cidades delineadas na incandescência da blasfémia que imagina a linguagem dos campos inaugurados e renovados, dos campos no centro dos homens inquietos. Os campos vibrando nas hastes aguçadas do centeio.
Passou bastante tempo antes que a memória voltasse à sua paisagem. E quando o fez, foi ao encontro dos amieiros e do sabor da terra húmida.
A aldeia, porém, é um corpo de palavras e crianças – e as suas mãos fixam-se de forma enigmática ao tumulto do mel que irrompe do coração da terra, fazendo com que os sonhos despertem e a vida recomece, por essa força que a devora por dentro como uma queimadura polida, restituindo a memória dos gnomos ao sonâmbulo que se fantasiou neste sonho alquímico.
(...)
In, O Búzio de Istambul - 2008
1 comentário:
este excerto é uma delícia. apetece logo ler o texto completo. aceita uma encomenda de um búzio para mim, sim? e retribuo os beijinhos do teu comentário abaixo ;) bom fim de semana, joão.
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