quinta-feira, 29 de maio de 2008

Espaços

Fêmea II
Estarei com as crias à hora
em que as fêmeas se transformam fruto
entregues ao seu peso de cio.
Cada ventre tem um coração aceso
no centro da noite inesperada
e é o ventre vivo que me atrai intacto.
Os morcegos hematófagos
dançam em rodopio alucinado de luz
delimitando o círculo da batalha
até ao prodigioso universo da desordem.
In, "A liturgia das amoras - Parte II:morcegos" (inédito)
João Rasteiro
.
Jorge Palma - "Espécie de vampiro"
.

2 comentários:

Anónimo disse...

lindos o poema e o fato académico

Anónimo disse...

poema inédito