quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Azul Irremediável

Álvaro Alves de Faria (Brasil, 1942). Poeta, ficcionista, ensaísta e jornalista. Autor de livros como, O Azul Irremediável (1992), Terminal (1999-2000) e À Noite, os Cavalos (2003). Em 2003, a editora Escrituras reuniu os seus 16 livros de poemas escritos até então, no volume Trajetória Poética. Mais recentemente, "zangado" com a poesia brasileira e com o próprio Brasil, publicou vários livros em Portugal, nomeadamente “20 Poemas Quase Líricos e Algumas Canções para Coimbra”, "Poemas portugueses", “Sete Anos de Pastor”, “A Memória do Pai”, "Inês" e “O Livro de Sophia”, que será editado brevemente. Como refere: "Portugal não influencia minha poesia. Portugal é a minha poesia de hoje. Sou um poeta português no Brasil". Talvez exagerando, ou simplesmente em grito de desespero, afirma ser hoje um “ex-poeta”no Brasil. Álvaro Alves de Faria, possui, para além de dois prémios "Jabuti de Imprensa" da Câmara Brasileira do Livro, em 1976 e 1983, pela sua "poiesis" no meio do jornalismo cultural e do prémio Anchieta para Teatro, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com a peça “Salve-se quem puder que o jardim está pegando fogo”, o Prémio da Associação Paulista de Críticos Literários, por “Trajetória Poética”, como melhor livro do ano de 2003, o Prémio de Poesia da Academia Paulista de Letras, como melhor livro do ano de 2007, por “Babel”, e agora em 2008 foi integrado na Colecção Melhores Poemas, da Editora Global, que é o que de mais significativo existe na área da poesia no Brasil. Entre poesia, ficção, ensaio e literatura infantil possui cerca de 50 livros editados.
O Jornal Vagalume acaba de publicar uma grande entrevista ao poeta, para a qual foram convidados diversos escritores, ensaístas, poetas, jornalistas, críticos, professores universitários, etc. Do convite que me foi feito, seguem em baixo as minhas 3 perguntas inseridas na entrevista efectuada pela poeta e escritota Cida Sepulveda - a entrevista na integra, pode ser lida em:( http://www.jornalvagalume.com/50423.html ). No final, o poema "A pessoa certa" do livro "O Azul Irremediável".
(...)
7 - JOÃO RASTEIRO, poeta ,Coimbra, Portugal - JR - Quando olhamos para as palavras de Fernando Pessoa, claramente percebemos que poeta e poesia se confundem na indissociável amálgama da existência. Assim, como dissecar a afirmação do Álvaro, quando nos diz com uma certa simbiose de emoção e mágoa: “Fui buscar na poesia portuguesa o que me falta no Brasil”?ÁLVARO ALVES DE FARIA:É o que sempre digo em Portugal, meu caro João. Vou a Portugal buscar a poesia que me falta no Brasil. Literariamente, mais particularmente na Poesia, o Brasil é apenas uma mancha. O que ocorre atualmente por aqui é lastimável. Com toda sinceridade, nunca vi tanta arrogância e mediocridade juntas, misturadas. O que se produz, ressalvando sempre algumas exceções, é de uma fragilidade poética que assusta. E tudo amparado por um jornalismo cultural sem compromisso com nada. Gente que não presta mesmo. Gente que não presta é o que não falta no Brasil. Na área da poesia é uma guerra de vaidades. A mediocridade se mede por aí. O país é isto que sou obrigado a engolir todos os dias. Este é um país sem sorte. Um país à deriva. O poeta e a poesia se confundem mesmo na amálgama da existência. É assim, acredito nisso. Portanto, sou assim. Não dá para mudar a esta altura da vida. E não mudaria mesmo. Voltarei sempre a Portugal, para ter a certeza de que a poesia ainda existe em algum lugar do mundo. No Brasil eu sei que isso não é mais possível.
JR - Tendo em conta a sua relação visceral com a escrita em geral e com a poesia em particular, sendo Álvaro Alves de Faria um único “corpus” – poeta e cidadão -, como encara o Álvaro a poesia dos poetas que são colocados em patamares antagónicos, quando falamos da dialéctica obra/autor e homem/cidadão, como é exemplo bastante elucidativo Ezra Pound, ou tendo como suporte a obra de Michel Foucault – “O que é um autor?”
ÁLVARO ALVES DE FARIA: Um autor é ele mesmo, se ele for honesto consigo. Sou, sim, poeta e cidadão, uma única coisa. Sou uma só coisa. Uma única coisa. Embora o cidadão seja de quinta categoria, que é o meu caso, o poeta tenta se preservar, tenta viver no seu poema, na possíbilidade que ainda lhe é possível. Ezra Pound era fascista, mas isso não se pode falar. É proibido. A patrulha está de olho. Mas era fascista. Não separo a obra do autor. O autor e a obra têm de ter a mesma dignidade. Para falar de Ezra Pound eu aconselho ouvir os concretistas. São artistas gráficos sofríveis. Não separo a obra de seu autor. Às vezes, sinceramente, até tento, caso de Borges, por exemplo. Era um ser humano desprezível, mas com uma obra grandiosa. Voltando ao final de sua pergunta: um autor é ele mesmo, se tiver, mesmo, consciência de seu papel. Fora disso, é um lixo.
JR - “A poesia não serve para nada, não se compra pão com palavras, mas não se vive sem ela. O dizer poético é a dimensão amplificada da crise do humano. Não acalma. Ao contrário, nos mostra o quanto ao vivo é muito pior”, afirma o poeta Ricardo Aleixo. Perante tal afirmação, como continuará a poesia a interagir e desafiar o poeta Álvaro Alves de Faria e como interagirá esta com este nosso mundo de crescentes “jardins”, como o silencioso Darfur, Bagdá, Gaza ou Tibete.
ÁLVARO ALVES DE FARIA: O poeta Ricardo Aleixo tem razão. O que diz é correto. Mais do que correto. Não se vive sem a palavra, embora a palavra seja assassinada todos os dias. Mas não se vive sem ela. Eu costumo ficar 72 horas sem falar nada, mas as palavras existem dentro de mim. Falo por mímica com as pessoas. É o melhor. A poesia é mesmo um desafio. Ser poeta, especialmente no Brasil, é estar numa trincheira 24 horas por dia tentando não ser morto por ninguém. Embora a poesia mate o poeta a cada minuto da vida. “O dizer poético é a dimensão amplificada da crise do humano”, diz Ricardo Aleixo, com razão. Digo mais: a crise do ser humano não tem mais tamanho. É o todo. É o tudo. É o tido. É o que ainda resta. A poesia é só o pequeno alento ainda possível. É a faca que corta fundo e dilacera também. A poesia é o que machuca mais. Não é para amadores, muito menos aventureiros. E de amadores e aventureiros poetas o Brasil está cheio. A gente tropeça neles. E viver nesse mundo com os “jardins” a que você se refere é uma tortura diária, é a ferida que não fecha, é o grito que não cala. Mas, antes de tudo, é preciso viver. Não se trata de uma frase poética, não. É preciso, apesar de tudo. Apesar do mundo.
(...)
.
[A PESSOA CERTA]
A pessoa certa atravessa
a rua com seu terno branco
gravata de seda italiana.
A pessoa certa
executiva de si mesma
atravessa a praça
com sapatos pretos
meias de náilon norte-americanas.
A pessoa certa entra no prédio
recolhe dinheiro
cola na pasta
pega o elevador.
A pessoa certa
atravessa o hall
chega à porta giratória.
A pessoa certa
põe o pé na calçada
e cai fulminada
sem saber por quê.
In, O Azul Irremediável (1992)
...................Tanto Mar - Chico Buarque

8 comentários:

Anónimo disse...

Batesse, como se diz por cá, a bota com a perdigota: o discurso com a obra.

JM

Helena Figueiredo disse...

Estimado João,


Gostei de ler esta entrevista que foi bem conduzida por si. Quanto ao entrevistado que, pelo que me parece, deve ser um grande poeta e não só, faz-me lembrar um pouco o imperativo categórico do Kant, mas sem a agilidade deste. E penso mesmo que na sua forma exagerada de criticar e de se considerar poeta, ele peca, se aqui se pode falar de pecado, e peca muito e com todos os dentes e não só.
A meu ver ele ainda não descobriu bem o que é a poesia, ou se a descobriu, descobriu-a dentro de moldes estáticos e talvez ortodoxos Mas será que poesia e ortodoxia se dão bem?
A mim parece-me que não. Isto porque, a meu ver, a poesia é a voz da liberdade livre, portanto, anti-ortodoxa. Dá-me a impressão que o senhor Alves de Faria se considera um molde poético pelo qual os outros poetas brasileiros deverão ser medidos. Mas talvez isto só seja a minha impressão. Talvez.
Eu, que de facto não conheço bem a poesia brasileira, não acredito, no entanto, que não haja hoje no Brasil boa poesia e bons e bastantes poetas. Bons e muitos poetas existem em todo o mundo, ontem, hoje e amanhã, assim o creio eu.(Como também igualmente existirão maus.)
Agora que esses poetas e essa poesia não agradem ao senhor de Faria, isso já é outro caso.
Depois a poesia existe, a meu ver em todo o lugar, o que é preciso é sensibilidade para a descobrirmos. Se o poeta não possuir a sensibilidade necessária para tal “ empreendimento”, então ele pode percorrer todo o mundo e nunca a descobrirá.
A poesia descobre-se, antes de tudo, dentro do próprio poeta e só depois nos poetas e escritores que se vão lendo, ou seja, nas literaturas que se vão conhecendo. É claro que um poeta que conheça a literatura alemã, grega, portuguesa, espanhola, Russa, Americana, Mexicana, Brasileira etc. é um poeta mais rico em conhecimentos e portanto com uma base superior a um poeta que só conheça uma determinada literatura. Mas será que só por isso já será um melhor poeta?
Diz o senhor Faria que:
“Voltarei sempre a Portugal, para ter a certeza de que a poesia ainda existe em algum lugar do mundo. No Brasil eu sei que isso não é mais possível. “
Aqui parece-me que o senhor Faria com a sua linguagem, imperativa e categórica, nos quer dizer que no mundo só em Portugal é que se faz ou só existe boa poesia. Depois, como pode o senhor Faria afirmar que no Brasil já não será mais possível existir poesia? Será ele um um profeta? Um vidente? O novo Tirésias ?
Penso ainda que o senhor Faria se esquece que para se ler um Camões também se deve ter lido um Vergílio, Homero e um Dante etc., ou seja, que um Camões como hoje existe, não teria existido se não tivesse havido o Renascimento italiano.
E que sem o conhecimento da literatura inglesa o simbolismo francês, ou o futurismo italiano, ou Edgar Allen Poe, Horácio, Walt Whitman e outros, jamais teríamos um modernismo como tivemos em Portugal, consumado na obra de Pessoa que, pesando toda sua originalidade, foi buscar a maior parte dos estilos, usados pelos seus pseudónimos, lá fora.
Pelo que o senhor Faria diz parece-me que ele não conhece verdadeiramente a poesia portuguesa, ou se a conhece fez uma má leitura.
(E também, como exemplo, que a renovação da moderna poesia espanhola, se deu precisamente por meio da influência de poetas da América Latina.)
A verdade é que a Poesia não se encontra num só ponto do mundo, nem é um caso isolado, as poesias das várias culturas, mais do que nunca encontram-se em permanente diálogo, enriquecendo-se assim mutuamente.
A poesia encontra-se em todo o mundo e em todas as culturas isto é, ela é universal.
Agora o que é preciso é que o poeta abra os olhos e seja suficientemente inteligente para ver isso e assim se enriquecer a ele, e deste modo enriquecer também aqueles que o lêem.

L.C.

Helena Figueiredo disse...

Em pseudónimos deve ler-se heterónimos.

Um abraço:

L.C.

João Rasteiro disse...

Caro luís, embora cada um seja livre de pensar o mundo (os mundos), o outro, a poesia, a palavra, à sua "maneira", POR VEZES, a falta de conhecimento de algumas pontas, leva-nos a expressar conclusões, não precipitadas, mas de alguma forma desfasadas, tendo em conta o conhecimento limitado dos contextos.
Tudo isto, independentemente de se gostar da poesia Do Álvaro Alves de Faria ou não, para dizer que o seguinte sobre o poeta acima referido:
a) o Álvaro Alves de Faria, já há alguns anos é um permanente crítico sobre a generalidade da poesia feita no Brasil (apontando sempre sem qualquer temor, mesmo indo contra o cânone instalado, aqueles poetas que ele julga serem merecedores de serem apelidados de POETAS - alguns deles bastante injustiçados, segundo o Álvaro Alves de Faria.

b)Além disso, é um poeta/homem que sofreu (e actualmente sofre de forma directa, sofrerá para toda a vida aliás)física e psicologicamente o facto de ser/ter sido poeta a tempo inteiro num Brasil, onde não havia liberdade para a palavra, para a poesia, para a dignidade).

c)é um poeta que foi praticamente toda a vida jornalista cultural, apenas e só com dois prémios "Jabuti" nessa área, logo sabendo bem como no "seu" Brasil funcionará a literatura e neste caso a poesia - quer seja na sua elaboração, divulgação e premiação.

d)a sua busca e ligação a Portugal, não só (no seu entender) tem a ver com um certo tipo de escrita/lirismo/poesia que de alguma forma grassa(rá) em Portugal e não no actual Brasil, e que muito dirá ao poeta Álvaro de Faria, COMO é uma ligação física/carnal/visceral, uma vez que é filho de pai português, mantendo por isso aqui em Portugal as suas raízes, o seu pré-coração.

e)para além disso, estamos a falar de alguém que até pode(rá) falar e defender as suas convicções relativamente à actual poesia Brasileira, uma vez que é hoje de certa forma um poeta consagrado.

f) ainda relativamente à poesia que encontra em Portugal, como já referi tem a ver essencialmente com o exposto por mim na alínea d), e não por "essa poesia" não se encontrar em Espanha, Itália, Alemanha, U.S.A., Rússia, etc - embora, para o poeta, ela (salvo raras excepções) no Brasil hoje não floresça.

g) para terminar, e não sendo de forma alguma, repito, defensor do poeta Álvaro Alves de faria, mas sendo seu amigo e conhecendo bem o porquê da(s) sua(s)posições, sugiro ao caro amigo Luís, que pelo menos consulte a página do poeta Álvaro Alves de Faria (está indicado por mim no post) e para além de ler a sua poesia, leia outra entrevistas lá colocadas e a crítica à sua obra) - depois uma outra opinião irromperá, mesmo se até para pior.

Um grande abraço aos dois, Álvaro e Luís...e apareçãm mais vezes por aqui. Abraços,
João Rasteiro

Helena Figueiredo disse...

Estimado João,


Obrigado pela observação que me fez quanto ao meu comentário e que aceito com todo o respeito. Talvez o meu comentário tenha sido precipitado e de facto tem toda a razão: só se deve falar do que se conhece. Como Wittgenstein dizia:
“ sobre aquilo que não conheces deves calar.”
Não disse nem digo que a poesia nem a escrita do senhor Faria seja má, bem pelo contrário, acredito que seja um poeta de excelente qualidade e até talvez ele esteja mesmo mais próximo da minha visão se ser poeta do que se pense.
( Quanto a ser um escritor consagrado e premiado etc. isso são coisas que, desculpe-me, mas pela minha parte considero secundárias. )
Agora o que, sobretudo, me irritou foi o facto de o senhor Faria dizer profeticamente a seguinte frase: “ No Brasil eu sei que isso não é mais possível.” Ou seja, ele diz-nos que no Brasil jamais será possível haver poesia. Valha-me Deus, joão, mas isto é um absurdo.
Em todo o mundo e em todas as literaturas, seja esta francesa, alemã, portuguesa, mexicana, etc. houve momentos de menos boa qualidade, mesmo maus, você bem o sabe e quanto a isto devemos abrir a boca e sermos críticos, no entanto, dizer-se que num determinado país jamais será possível haver poesia, isto é, quanto a mim, uma falta de senso crítico, ou então temos que ver esta frase como um desabafo. E aí a coisa já é outra.

(Quanto à corrupção literária, ela existe em todos os países e muitos dos autores premiados não serão os melhores e o Prémio Nobel de Estocolmo não é nenhuma excepção à regra)

No que diz respeito às raízes que ligam o senhor Faria a Portugal, respeito-as plenamente e compreendo o seu amor pela poesia portuguesa. Também eu amo Portugal pois sou português, e amo a poesia portuguesa e sempre que tenho possibilidade procuro fazer um pouco de publicidade da minha cultura e literatura, mas isso não significa para mim que a poesia portuguesa com a sua longa tradição, ou os poetas portugueses, estejam à frente de todos os outros. Isso seria a meu ver enganar-me a mim mesmo e deturpar o meu sentido crítico.

O “ verdadeiro “ poeta descobre as suas raízes poéticas na poesia universal, e aprende com todos os poetas (digo: até com os poetas menos bons se pode aprender alguma coisa), em permanente diálogo crítico consigo mesmo e com as outras culturas, literaturas e poesias. Nunca o faz num só meio restrito, nem nunca dirá: a poesia desta terra é que é boa ou aqui é que existe a verdadeira poesia e muito menos dirá: nesta ou naquela terra jamais será possível existir poesia. A poesia é sempre possível, seja em que terra for.

Como a minha avó dizia: “ Só quem cai é que se pode levantar.“ Talvez de facto a poesia do Brasil, neste momento, se encontre de rastos, não digo o contrário, mas quem é que pode dizer com toda a certeza que no futuro não se levantará? Isso só Deus o sabe, claro, senão formos ateus.

Com um abraço firme e amigo:

Luís

Helena Figueiredo disse...

Estimado confrade,
ainda para o convidar a ler a tradução que fiz de alguns poemas de um excelente poeta alemão, hoje um tanto ou quanto esquecido, mas que eu aprecio muito: Peter Huchel.

Um abraço:

Luís

Anónimo disse...

o sr. Farias nem lá, nem cá.

e o melhor poeta do mondego.

Anónimo disse...

Um imponente Solar de 1747, que integra o maior conjunto arquitetônico do barroco brasileiro, abriga a Pousada do Mondego. Residência da família do Jornalista Theódulo Pereira e de sua esposa Conceição Marchetti Pereira por quase meio século, sua restauração e transformação nesta Pousada durou incansáveis quatorze anos.





A Pousada do Mondego segue o padrão das construções do período colonial brasileiro, que não possue nenhum aposento igual ao outro. Os aposentos da Pousada têm diferentes tamanhos, com janelas de variados recortes (algumas com vistas únicas de Ouro Preto) e ocupam diferentes posições na planta do casarão.
Possuem telefone, TV, self-bar, banheiro privativo e cofre, além de contarem com obras de arte pertencentes à pinacoteca da Pousada.




Localizada no centro geodésico do mais completo acervo barroco nacional, a Pousada do Mondego. De suas janelas, a vista majestosa de Ouro Preto e do Pico do Itacolomy. Sua localização é privilegiada. Vizinha da Igreja de São Francisco de Assis, o mais importante templo religioso do período colonial assinado por Aleijadinho.