domingo, 18 de novembro de 2007

PRÉMIOS V

O poeta Nuno Júdice, foi o vencedor do Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, com o livro "As coisas mais simples". O poeta afirmou-se "satisfeito", tanto mais que distingue um livro de que "gosta particularmente". Nuno Júdice, citado pela agência Lusa, evocou três razões pelo facto de estar "satisfeito" com a distinção. "Antes de mais por ser um livro de que gosto particularmente, depois por ser um prémio da minha terra, e por ter o nome de um poeta tão importante". Referindo-se à sua poesia, qualificou-a de "narrativa, com muitas ligações a objectos, coisas concretas, histórias, personagens". Nuno Júdice contesta a ideia de que a poesia vende pouco em Portugal, considerando que "relativamente a outros países com hábitos de leitura mais sólidos, como Espanha ou França, temos um público muito importante, o que é um estímulo muito forte".
Segundo o júri, Nuno Júdice mereceu o prémio"pela concisão e elegância da sua linguagem que, com despojada narratividade, percorre os mais vastos domínios da Arte Poética em constante diálogo com o quotidiano de "As Coisas Mais Simples".
Na área da poesia, Nuno Júdice referiu ainda a experiência "muito interessante" de ter escrito para um fado tradicional respondendo a um desafio que lhe foi lançado por Carlos do Carmo. Para o próximo ano, Nuno Júdice promete editar um novo livro de poesia. O Prémio Nacional de Poesia, com o valor de 5000 euros, foi entregue na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, em Faro, durante um recital integrado em "Faro, Capital dos Poetas e da Poesia".
Sinopse( LivrosNet):
"O regresso a uma linha de poema narrativo, tratando os grandes problemas da poesia desde a era clássica até hoje. Mas há também um ponto de partida nas “coisas mais simples“ do quotidiano e da realidade, que são o motor do imaginário destes poemas".

Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios.
Nuno Júdice
Ver Ensaio da minha autoria sobre a poesia de Nuno Júdice:
http://triplov.com/poesia/Nuno-Judice/Bios/index.htm

1 comentário:

Anónimo disse...

É só vaselina do piorio.